É curioso como alguns encontros despertam em nós um misto de surpresa e irritação. Diante de um rosto familiar, mas distante no tempo, somos por vezes confrontadas com perguntas que parecem saltar etapas da nossa jornada. O "já casou?" ou o "aí era danada!" soam como ecos de um passado que talvez não nos defina mais, ou pior, como uma tentativa de nos encaixar em caixinhas predefinidas.
A verdade é que a vida segue um fluxo particular para cada um. Nossas escolhas, nossos relacionamentos e nossa própria essência estão em constante evolução. Reduzir essa complexidade a um "status de relacionamento" ou a uma lembrança superficial de outrora é, no mínimo, desrespeitoso com a pessoa que nos tornamos.
Que possamos cultivar encontros mais genuínos, pautados pela curiosidade sobre o presente e o respeito pelas transformações individuais. E que, diante de perguntas invasivas, tenhamos a serenidade de lembrar que nossa história é muito mais rica e multifacetada do que um rótulo passageiro.